Considerando a atual economia globalizada, muitos são os investimentos de investidores em empresas fora de seu território. Na medida em que o investidor, na maioria das vezes, não se encontra presente nas rotinas negociais das instituições onde seu capital será investido, naturais são as preocupações destes com a saúde empresarial da instituição escolhida.

Nesse sentido, o funcionamento de um regular programa de compliance inspirará a confiança necessária a esse agente econômico para a realização de aportes financeiros, os quais, sendo bem utilizados, poderão, além de proporcionar o desenvolvimento direto das empresas nacionais, contribuir para o desenvolvimento social do País.

Confira a matéria completa publicada pelo portal G1:

Problemas de compliance ainda afastam alguns investidores do Brasil, avalia Ministro – por Laís Lis

O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, afirmou nesta quarta-feira (9) que problemas de ‘compliance’ em empresas do setor ainda afastam alguns investidores estrangeiros do Brasil.

Compliance, termo em inglês que costuma ser traduzido como “conformidade”, é o conjunto de normas e procedimentos para evitar desvios de função em empresas, como pagamentos de propinas e vantagens indevidas a servidores públicos ou fornecedores.

Segundo o ministro, financiadores elogiam os projetos de infraestrutura do país, mas ainda temem se juntar a empresas brasileiras.

"’Mas ali tem um problema de compliance. É que o que a gente sempre ouve e é hoje o que afasta alguns investidores do nosso país: compliance, integridade", afirmou o ministro durante o lançamento do Instituto Brasileiro de Autorregulação do Setor de Infraestrutura.

A criação do instituto foi uma iniciativa do setor de infraestrutura para fortalecer a ética, integridade e transparência e combater a corrupção e aumentar a concorrência no setor. A perspectiva é que as ações melhorem o ambiente de negócios e atraia investidores.

Segundo o ministro, os projetos do programa de concessão do Brasil são "muito bons", o que tem ajudado a atrair os investimentos mesmo com desconfianças a respeito de compliance.

"Fizemos 27 leilões [em 2019] que foram bem-sucedidos. Os ativos são muito bons", disse. "Claro que há sempre a necessidade do investidor estrangeiro que não tem o operador de infraestrutura de buscar um parceiro e aí eles querem um parceiro que esteja limpo. A questão de compliance é fundamental. Temos que mostrar que demos a volta por cima", argumentou.

A área de compliance ganhou mais espaço entre empresas de infraestrutura e construtoras após as denúncias de corrupção reveladas pela Operação Lava Jato.

Durante a abertura do Seminário integridade e transparência no setor de infraestrutura, o ministro afirmou ainda que Brasil está caminhando para ter novamente o grau de investimento entre as agências de risco internacionais.

Segundo o ministro, o grau de investimento do Brasil será devolvido quando o país voltar a ter crescimento econômico.

"Já estamos em um patamar de risco semelhante ao que tínhamos quando tínhamos o grau de investimento. Hoje há uma estabilidade de nota as agências perceberam que o fundamento está correto. Há uma estabilidade de nota. O que está faltando para melhorar a nota agora? Crescimento. Quando começarmos a dar os primeiros passos na direção do crescimento econômico essa reclassificação virá", disse.

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Fonte: G1